O carvão vegetal pode ser obtido por meio da carbonização da madeira. Nesse processo, a madeira é queimada parcialmente, de forma controlada e na presença de pouco oxigênio, ocorrendo um processo de decomposição térmica de substâncias, como celulose, lignina, sais minerais, água e outras. Como resultado, obtêm-se carvão vegetal e uma mistura de gases e vapores.
A carbonização da madeira ocorre por meio de seu aquecimento a elevadas temperaturas na presença de pouco oxigênio, resultando na produção de carvão e de compostos voláteis, que podem ser separados por destilação.
São incorporados átomos de oxigênio provenientes do ar, introduzido no sistema de forma controlada para que haja uma combustão incompleta da madeira.
O Brasil é o maior produtor mundial de carvão vegetal.
No setor industrial, que utiliza cerca de 85% do carvão, o ferro e o aço são os principais consumidores, uma vez que o carvão participa como reagente e como fonte de energia.
O setor residencial consome cerca de 9%; a geração de energia em termoelétricas, 4,5%; e o setor comercial (pizzarias, padarias e churrascarias), 1,5%.
A carbonização de lenha é praticada de três formas:
2. Em fornos retangulares equipados com sistemas de condensação de vapores e recuperadores de alcatrão.
3. Em fornos cilíndricos com pequena capacidade de produção, sem mecanização e sem sistemas de recuperação de alcatrão, continuam sendo os mais usados nas carvoarias.
Problemas socioambientais causados pela produção do carvão vegetal:
Muitas carvoarias não são fiscalizadas e acabam utilizando madeira de regiões de mata nativa, degradando o meio ambiente; trabalho de baixa remuneração e sem registro; falta de segurança (risco de contaminação por gases tóxicos, queimaduras e explosões); falta de preparo técnico e de equipamentos apropriados; utilização de mão de obra infantil.
Desvantagens: são necessários vários dias para a sua obtenção e sua produção pode degradar o ambiente.
Fonte bibliográfica:
Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: Caderno do Professor, Química, Ensino Médio, 1ª Série. São Paulo: SE, 2014.
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