A descrição de um elétron como tendo tanto propriedades de partículas como de onda eletromagnética é feita a partir de uma complexa equação matemática. A resolução dessa equação fornece os parâmetros necessários para caracterizar um orbital num átomo.
Esses parâmetros são chamados números
quânticos. Cada orbital é caracterizado por três números quânticos: o número
quântico principal, o número quântico secundário e o número quântico magnético.
Um elétron é caracterizado por quatro números quânticos: os três que
identificam um orbital e mais o número quântico de spin.
Número quântico principal (n)
Indica a região ao redor do núcleo onde o orbital está localizado. Essa região
é chamada nível de energia e é representada pela letra n. O nível de energia corresponde às camadas eletrônicas
anteriormente vistas. O número quântico principal pode assumir valores inteiros
de um até, teoricamente, infinito, mas na prática verifica-se a existência de átomos
contendo no máximo sete níveis de energia.
A expressão 2.n², onde n
corresponde a um determinado nível de energia, permite calcular a máxima
quantidade de elétrons que pode ocupar esse nível. A quantidade de elétrons presentes
nos níveis de energia pode ser menor do que a máxima quantidade prevista
teoricamente.
nível de energia (n)
|
1
|
2
|
3
|
4
|
5
|
6
|
7
|
nº máximo de elétrons permitido
|
2
|
8
|
18
|
32
|
50
|
72
|
98
|
Número quântico secundário ou azimutal (ℓ)
Indica a forma geométrica do orbital que será sempre a mesma
independente do nível de energia onde estiver situado. É representado pela
letra ℓ e pode assumir os valores de 0 até n-1. Na prática são conhecidos
4 valores para ℓ: 0, 1, 2 e 3. É comum
associar o número quântico secundário a letras. Assim temos:
ℓ
|
0
|
1
|
2
|
3
|
orbital
|
s
|
p
|
d
|
f
|
O orbital s apresenta forma
esférica. O elétron não é mais considerado um ponto com localização
determinada. Ao invés disso, ele é representado de forma difusa mostrando que
ele pode ser encontrado em qualquer região do orbital.
O orbital p apresenta a forma
de um par de halteres, estando o núcleo entre os dois halteres.
Os outros orbitais, possuem forma geométrica complexa.
Número quântico magnético (m)
Indica a orientação do orbital no espaço. É representado pela letra m. O número de orientações que um
orbital pode apresentar é dado pela expressão 2.
ℓ + 1. Dessa forma temos:
orbital
|
número quântico
secundário
|
número de orientações no espaço (2 ℓ + 1)
|
valores de m
|
s
p
d
f
|
0
1
2
3
|
2.0+1=1
2.1+1=3
2.2+1=5
2.3+1=7
|
0
-1, 0, +1
-2, -1, 0, +1, +2
-3, -2, -1, 0, +1, +2, +3
|
A orientação de um orbital é dada em função do sistema tridimensional de
eixos cartesianos. Assim é lógico admitir que o orbital s, por apresentar forma esférica, deva apresentar somente uma
orientação no espaço. Os orbitais p podem
se orientar de acordo com os eixos x, y e z do sistema de eixos cartesianos.
O conjunto dos três orbitais p
é chamado subnível p.
Os orbitais d e f apresentam, respectivamente, 5 e 7
orientações no espaço. O conjunto dos cinco orbitais d é chamado subnível d e
o conjunto dos sete orbitais f de
subnível f.
Número quântico
de spin (s ou ms)
Indica o
sentido de rotação do elétron ao redor de seu eixo. É representado por s ou ms e pode ter dois valores -1/2 e +1/2. Arbitrariamente,
ao sentido de rotação anti-horário é associado o valor -1/2 e ao sentido de
rotação horário o valor +1/2.
Fonte: SILVA, Eduardo Roberto da & HASHIMOTO, Ruth R. Cursos
Práticos Nova Cultural – Vestibular. Química.
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