Na primeira metade do século XIX, ficou claro que a gravidade não era a
única força invisível no universo. Os cientistas logo começaram a entender que
toda matéria do universo se mantém coesa pelas forças invisíveis da
eletricidade e do magnetismo.
Uma corrente de cientistas brilhantes, como James
Clerk Maxwell nos anos 1860 e os Curies nos anos 1900, demonstrou que essas
forças obtêm sua energia dos átomos, ou das várias partículas que os formam.
Nesse caminho, os cientistas aprenderam tudo a respeito da radiação e da força
nuclear – e das bombas atômicas.
Rutherford e Bohr
No final do século XIX, os cientistas descobriram que tudo é feito de
minúsculos “pedacinhos” invisíveis, ou partículas, chamados átomos.
Nos anos
1890, o inglês J. J. Thomson (1856-1940) demonstrou que havia partículas ainda
menores, chamadas elétrons.
O neozelandês Ernest Rutherford (1871-1937)
demonstrou que um átomo é praticamente um espaço vazio – com uma pequena e
densa bolha no centro chamada núcleo.
Lá pelos anos 1930, Rutherford estava
trabalhando com o físico dinamarquês Niels Bohr (1885-1962) e juntos criaram a
imagem do átomo – com os pequenos elétrons circulando um denso núcleo formado
por partículas chamadas prótons e nêutrons.
Atualmente, sabemos que os átomos
são muito mais complexos, e que há muitas partículas ainda menores do que eles.
Elétrons têm carga elétrica negativa e giram ao redor
do núcleo.
Prótons têm carga elétrica positiva e estão fixos no núcleo.
É fato
Marie Curie foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel de Química, em
1911, e a primeira pessoa a ganhar dois Prêmios Nobel em dois assuntos
diferentes (Química e Física).
O trabalho de Oppenheimer na bomba atômica recebeu o codinome de
Manhattan Project.
Genes geniais
Além de descobrir a radioatividade, os Curies descobriram dois elementos
radioativos totalmente novos: rádio e polônio.
Inicialmente pensava-se que o núcleo do átomo era composto por apenas um
tipo de partícula – o próton.
Mas, em 1932, James Chadwick (1891-1974)
descobriu outra partícula, mais tarde chamada de nêutron.
Campos de força
Nos anos 1840, o grande cientista Michael Faraday propôs a ideia do
campo de força – uma região onde o efeito de uma corrente elétrica ou de um ímã
é sentido.
Aproximadamente 20 anos mais tarde, o jovem cientista escocês James
Clerk Maxwell (1831-1879) demonstrou que esses campos eletromagnéticos
espalharam-se, ou “irradiam” em ondas invisíveis, como as ondulações ao redor
do local onde uma pedra foi atirada na água. Ele também demonstrou que essas
ondas viajam à velocidade da luz – e deduziu que a luz é, na verdade, uma onda
eletromagnética.
Visão interna
O cientista alemão Wilhelm Röntgen (1845-1923) descobriu os raios X
enquanto realizava experimentos com raios de elétrons. Ele viu que alguns
materiais brilhavam quando o raio estava ligado. Isso era causado pelos raios X
produzidos pelos elétrons, que faziam o material ficar fluorescente. Röntgen
recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1901. A invenção de Röntgen permitiu aos
médicos diagnosticar, por exemplo, doenças pulmonares.
Radiação atômica
Em 1897, o cientista francês Henri Becquerel (1852-1908) descobriu que
novos tipos de radiação que estavam sendo descobertos não vinham da
eletricidade. Eles pareciam surgir ao redor de átomos de urânio.
Seu trabalho
influenciou a cientista franco-polonesa Marie Curie que, junto com seu marido
Pierre, demonstrou que a radiação vinha diretamente dos átomos.
Os Curies
chamaram essa radiação atômica de “radioatividade”. Tragicamente, Marie Curie
morreu de câncer no sangue, devido à exposição de seu corpo à radiação durante
suas pesquisas.
Por sua pesquisa, os Curries, juntamente com Becquerel, ganharam o
Prêmio Nobel de Física em 1903.
Bomba atômica
Manter a coesão do núcleo de um átomo requer muita energia. Em 1939, cientistas dividiram os núcleos de átomos de urânio – um dos átomos maiores e mais fáceis de se quebrar. Durante a Segunda Guerra Mundial, o norte-americano (nascido na Itália) Enrico Fermi (1901-1954) fez com que partículas voassem longe, quebrando núcleos de urânio que então quebravam outros átomos.
Manter a coesão do núcleo de um átomo requer muita energia. Em 1939, cientistas dividiram os núcleos de átomos de urânio – um dos átomos maiores e mais fáceis de se quebrar. Durante a Segunda Guerra Mundial, o norte-americano (nascido na Itália) Enrico Fermi (1901-1954) fez com que partículas voassem longe, quebrando núcleos de urânio que então quebravam outros átomos.
Em 1942, uma equipe liderada por Robert Oppenheimer (1904-1967) no Novo
México usou a “reação em cadeia” para criar a primeira bomba atômica.
Outros personagens importantes
Data
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Nome, nacionalidade
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Descoberta
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1857-1894
|
Heinrich Hertz , alemão
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Descobriu as ondas de rádio.
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1878-1968
1879-1968
1902-1980
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Lise Meitner,
austríaca
Otto Hahn,
alemão
Fritz
Strassman, alemão
|
Trabalharam juntos na química da radioatividade para descobrir a fissão
nuclear.
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Fonte: FARNDON, John. O Mundo da Ciência: Grandes Cientistas. São Paulo:
Ciranda Cultural, 2008.
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