(EM13CNT103) Utilizar o conhecimento sobre as radiações e suas origens para avaliar as potencialidades e os riscos de sua aplicação em equipamentos de uso cotidiano, na saúde, no ambiente, na indústria, na agricultura e na geração de energia elétrica.
Podemos definir a radioatividade como o fenômeno de desintegração espontânea do núcleo atômico de determinados elementos com a emissão de partículas ou radiação.
Podemos encontrar isótopos radioativos em pequenas concentrações em alimentos como o potássio-40, na banana, o radônio-226, nas raízes da batata, carbono-14, nos tecidos vivos de animais, plantas e do homem, o radônio-222, em alguns tipos de água mineral, e o urânio-238, em algumas rochas, dentre outros.
Os isótopos radioativos podem ser utilizados na medicina, seja na obtenção de imagens, ou no tratamento de doenças, porém sua utilização é muito mais ampla, como em equipamentos de uso cotidiano, no ambiente, na indústria, na agricultura e na geração de energia elétrica.
As principais diferenças entre as emissões radioativas
Velocidade e massa: Devido a sua composição, apresenta a maior massa e menor velocidade em comparação com as demais.
Constituição: Constituídas por prótons e nêutrons.
Penetrabilidade: Baixa, podendo ser barrada por uma folha de papel, roupa e até a pele.
Riscos ao ser humano a partir de exposição externa: Baixo risco, considerando a exposição externa.
Partículas / Ondas: Beta
Velocidade e massa: Como é formada por elétrons, é cerca de 7 mil vezes mais leve que a partícula alfa, sendo ainda muito mais rápida, podendo chegar próxima à velocidade da luz.
Constituição: Constituídas por elétrons.
Penetrabilidade: Média, ultrapassando as barreiras mencionadas anteriormente, podendo ultrapassar até uma folha de alumínio de 1 mm.
Riscos ao ser humano a partir de exposição externa: Risco moderado, podem penetrar até 2cm e ionizar moléculas, gerando radicais livres.
Partículas / Ondas: Gama
Constituição: Constituídas por ondas eletromagnéticas.
Penetrabilidade: Alto, os raios Gama são mais penetrantes que os Raios X. Podem ser detidos por uma chapa de aproximadamente 20cm de aço ou 5cm de chumbo.
Riscos ao ser humano a partir de exposição externa: Alto. Atravessa completamente o corpo humano, causando danos irreparáveis como alteração na estrutura do DNA.
Organização dos radioisótopos naturais na tabela periódica
Considerando os radioisótopos naturais, podemos considerar que majoritariamente são elementos pesados, possuindo número atômico superior a 82, que corresponde ao chumbo. Porém, grande parte dos elementos químicos possuem ao menos um isótopo radioativo, como o césio-137, produzido pela fissão nuclear espontânea ou induzida de vários radionuclídeos pesados como o urânio-233.
A evolução da Medicina
A evolução da Medicina foi fundamental para o avanço da sociedade. Sem algumas descobertas e inovações, provavelmente não estaríamos onde estamos hoje. Dentre as inovações, podemos destacar os radiofármacos, que são essenciais para o diagnóstico e tratamento de algumas doenças.
Os radioisótopos e a medicina nuclear são fundamentais para cintilografia do corpo, fígado, ossos, coração e tireoide. Facilita o diagnóstico de forma precisa e não invasiva: o isótopo radioativo emite energia, cujo seu valor é lido por uma câmera cintilográfica e convertida em imagem para o diagnóstico. Além disso, são utilizados no tratamento de doenças como hipotireoidismo e hipertireoidismo e em tumores cancerígenos. Nesses casos, a utilização dos radiofármacos apresentam os benefícios de agirem diretamente no tumor, órgão ou glândula.
Os radiofármacos são medicamentos que contêm componentes radioativos, e são utilizados para o benefício da saúde, mas o seu mau uso pode ser prejudicial.
Outro fator importante é que o decaimento, tempo de meia-vida e séries radioativas, pode contribuir para a compreensão da obtenção e utilização de determinados isótopos radioativos em determinados tratamentos e diagnósticos, como no caso do Tecnécio 99 (Tc-99), obtido a partir do decaimento radioativo do radioisótopo molibdênio-99, sendo amplamente utilizado na produção de radiofármacos com finalidades diagnósticas, devido sua curta meia-vida de 6 horas, suficiente para o acúmulo temporário no órgão em questão e para não permanência prolongada no organismo
Currículo em Ação - Ciências da Natureza e suas Tecnologias
https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-content/uploads/2022/01/EM_PR_CNT_2%C2%AAs%C3%A9rie_Vers%C3%A3o_Preliminar_24-01.pdf
Nenhum comentário:
Postar um comentário