segunda-feira, 16 de abril de 2018

Constituição do solo

O ser humano depende do solo para sobreviver, além de ser um suporte para as plantas e para os animais ainda contribui de forma significativa para a alimentação do ser humano. Juntamente com os seres vivos o solo constitui a Biosfera.  

Definição de Solo 
O solo pode ser definido como sendo uma camada superficial da crosta terrestre que é constituída de matéria mineral não consolidada e também pelos organismos vivos bem como pelos produtos que estão em decomposição. Uma curiosidade é que no solo acontecem a todo momento reações complexas que transformam a matéria mineral em orgânica e vice-versa.

Os Constituintes do Solo 
Dentre os principais constituintes do solo podemos citar a matéria mineral, a matéria orgânica, água e até mesmo ar dependendo da proporção de cada um dos constituintes do solo.  
Essa matéria orgânica que é encontrada no solo é formada por restos de animais e vegetais. Uma parte da matéria orgânica do solo é matéria orgânica proveniente da decomposição estabilizada de seres vivos, sendo assim, é chamada de húmus e fica acumulada na superfície do solo.

O Húmus 
O húmus é o responsável pelo chamado complexo argilo-húmico fundamental para a nutrição das plantas. A formação desse complexo se dá pela existência de partículas eletronegativas como a argila associadas a partículas de matéria orgânica.  

A existência da matéria orgânica que existe no solo facilita a penetração das raízes, a retenção de água e também o ar dos solos. Juntamente com a matéria mineral essa matéria orgânica forma complexos que atuam facilitando a nutrição das plantas, pois lhe fornecem os nutrientes essenciais.  

O Ar Como Constituinte do Solo 
A função do ar na constituição do solo é fazer o preenchimento dos espaços existentes entre as partículas sólidas que não foram preenchidos pela água. Esse ar que está presente nos espaços entre as partículas é o resultado da combinação de gases da atmosfera com os gases que foram libertados durante as atividades químicas e biológicas que ocorreram no nível do solo, por isso é chamado de atmosfera do solo.  

Um solo que é pouco arejado é um solo pouco produtivo, pois não tem oxigênio para oferecer para que as raízes das plantas possam respirar. O ar presente no solo influencia a sua produtividade e também a sua cor.  

Dessa forma a existência de oxigênio na constituição do solo torna possível oxidações dos compostos de ferro o que dá origem a um composto vermelho chamado hematite. Quando esse composto é hidratado se transforma num outro composto chamado limonite.  

A Água 
O constituinte no qual podemos encontrar as substâncias dissolvidas é a água. Trata-se de um componente essencial na formação de um solo e se mostra indispensável para as formas de vida que existem nos solos.  

A quantidade de água que existe no solo (umidade) pode variar e depende de inúmeros fatores como a textura, o clima, a estrutura e até mesmo a permeabilidade do solo. Além disso, varia com a passagem do tempo e com a situação geográfico do solo.

Fonte bibliográfica:
http://meioambiente.culturamix.com/natureza/constituicao-do-solo-do-que-ele-e-feito
http://www.abq.org.br/cbq/2016/trabalhos/6/9664-14114.html

Calagem

A calagem é a adição de calcário ou cal virgem ao solo com o objetivo de diminuir a acidez e fornecer nutrientes para as plantas, como os íons cálcio e magnésio.

O calcário é obtido pela moagem da rocha calcária e é composto por carbonato de cálcio (CaCO3) e/ou de magnésio (MgCO3). Geralmente, os calcários utilizados para fins agrícolas possuem tanto o cálcio quanto o magnésio, tais como os calcários calcíticos, dolomíticos e magnesianos.  

Os calcários calcíticos são aqueles que possuem maior concentração de carbonato de cálcio (CaCO3) e baixo teor de carbonato de magnésio (MgCO3) — abaixo de 10% —, sendo indicados principalmente para solos bastante deficientes em cálcio. O calcário magnesiano possui de 10% a 25% de MgCO3, por isso é indicado para solos com deficiência em magnésio. Já o calcário dolomítico possui teor de MgCO3 acima de 25%, por isso é indicado para a correção de solo com deficiência tanto em cálcio quanto em magnésio.  

A cal virgem, por sua vez, é constituída de óxido de cálcio (CaO) e óxido de magnésio (MgO), sendo obtida pela queima completa (calcinação) do carbonato de cálcio (CaCO3).

Os principais objetivos da calagem são:  
Diminuição da acidez do solo
A adição do calcário aumenta o pH do solo.  
Mas o que é pH mesmo? 
O pH (potencial hidrogeniônico) mede o grau de acidez de uma solução. A acidez é definida pelo teor de íons hidrônio (H3O+) ou hidrogênio (H+) livres por unidade de volume. A escala de pH varia de zero a 14, em temperatura de 25ºC. Se o pH é menor que sete, o meio é ácido; se é igual a sete, o meio é neutro; e se é maior que sete, o meio é básico.  

Assim, o pH do solo refere-se, na verdade, à medida de uma solução aquosa formada quando se mistura uma amostra de solo com água, que é agitada e, depois, passa pela decantação ou filtração. O equipamento normalmente utilizado para indicar exatamente o valor do pH é um peagômetro. Entretanto, podem ser usados também indicadores ácido-base naturais ou artificiais, como uma tira de papel indicador universal ou tornassol vermelho, que não indicam o valor exato do pH, mas pela cor evidenciam se o pH do solo está ácido ou básico.

Se o valor do pH medido é inferior a seis, então, o solo está ácido. Dessa forma, é indicado o uso da calagem em uma camada do solo entre 0 e 20 cm pelo menos 90 dias antes do plantio. É aconselhável repetir esse processo a cada dois ou três anos.

A cal virgem possui caráter de base forte, pois a liberação de OH- é imediata e total. Da mesma maneira, esses íons produzidos neutralizam o H+ da solução do solo, que é o responsável pela sua acidez.  

Aumento da produtividade
A calagem fornece nutrientes para as plantas, pois, são liberados no solo Mg2+ e Ca2+. Isso reduz a solubilidade do alumínio, ferro e manganês, que, em grandes quantidades, podem ser tóxicos para as plantas. 

Além disso, o cálcio e o magnésio maximizam os efeitos dos fertilizantes e aumentam a atividade das bactérias benéficas ao solo porque aceleram a decomposição de resíduos de matéria orgânica, liberando nitrogênio e fósforo, que são nutrientes essenciais para as plantas. Esses nutrientes também são benéficos para os rebanhos e para nós que nos alimentamos desses vegetais.  

Um aspecto interessante é que técnicas agrícolas como a da calagem permitiram a expansão da fronteira agrícola para o interior do território brasileiro, sobretudo nas regiões Centro-Oeste e Norte.

Fonte bibliográfica:
https://alunosonline.uol.com.br/quimica/calagem.html

Potencial Hidrogeniônico (pH)

A sigla pH significa Potencial Hidrogeniônico, e consiste num índice que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de um meio qualquer.  
O pH é uma característica de todas as substâncias, determinado pela concentração de íons de Hidrogênio (H+). Quanto menor o pH de uma substância, maior a concentração de íons H+ e menor a concentração de íons OH-.   

Os valores de pH variam de 0 a 14, valores abaixo de 0 e acima de 14 são possíveis, porém muito raros e não podem ser medidos com as sondas normais.  
As substâncias que possuem valores de pH 0 a 7, são consideradas ácidas, valores em torno de 7 são neutras e valores acima de 7 são denominadas básicas ou alcalinas. O pH de uma substância pode variar de acordo com sua composição, concentração de sais, metais, ácidos, bases e substâncias orgânicas e da temperatura.  

A escala do pH pode variar de 0 até 14, sendo que quanto menor o índice do pH de uma substância, mais ácida esta substância será, veja o pH de algumas substâncias:  
Ácido de bateria - < 1,0 
Coca-cola - 2,5 
Água Pura - 7,0 
Saliva Humana - 6,5 - 7,4 
Cloro - 12,5  

O valor do pH está diretamente relacionado com a quantidade de íons hidrogênio de uma solução, as substâncias que revelam a presença de íons livres em uma solução são conhecidas como indicadores, esses mudam de cor em função da concentração de H+ e de OH- de uma solução, ou seja, do pH.  

Exemplos de indicadores são o papel tornassol e a fenolftaleína. Na presença de ácidos, o papel de tornassol fica com a coloração vermelha e a solução de fenolftaleína muda da coloração vermelha para a incolor na presença de um ácido. 

Uma maneira mais moderna de se medir o pH de uma solução é usando o aparelho phmetro, constituído basicamente por um eletrodo e um potenciômetro. O potenciômetro é utilizado na calibração do aparelho com soluções de referência, a medida do pH é feita com a imersão do eletrodo na solução a ser analisada.

Fonte bibliográfica:
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/voce-sabe-que-significa-ph-.htm

Os Fósseis

Um fóssil pode ser definido como a substituição da matéria orgânica de um animal ou vegetal por minerais, principalmente a sílica.

Os fósseis são vestígios de organismos (animais e vegetais) muito antigos que foram preservados com o passar dos anos por meio de processos naturais. São considerados fósseis os restos que apresentem mais de 11 mil anos, ou seja, na época geológica do Holoceno da era Cenozoica que se iniciou após a última era glacial, cerca de 11,5 mil anos e se estende até o presente.

A Paleontologia é o nome da ciência que estuda os fósseis e o paleontólogo é o profissional da área. A denominada Paleozoologia é um ramo da Paleontologia que estuda os fósseis de animais. Do latim, o termo fóssil (fossilis) está relacionado com o verbo “cavar” (fodere), que significa “retirado por escavação”.

Formação dos Fósseis 
Os fósseis podem ser ossos, conchas, dentes, pegadas e geralmente são encontrados nas pedras e rochas muito antigas. Existem fósseis que são conservados quase que inteiramente, por exemplo, os mamutes encontrados no gelo, ou os insetos em âmbar (resina vegetal). Note que as partes duras dos seres apresentam maior probabilidade de se fossilizar em relação as partes moles.  

Assim, a formação dos fósseis está intimamente relacionada com as condições climáticas do planeta e as características morfológicas dos seres envolvidos, que conservaram de alguma maneira, os restos ou vestígios durante muitos anos.  

Para saber o período em que o fóssil esteve vivo no planeta Terra, os cientistas medem a quantidade de compostos químicos presentes, por exemplo, o carbono, chumbo e urânio. Esse método moderno de datação dos fósseis é denominado de "radioatividade" e determina quantos milhões ou bilhões de anos, o organismo esteve presente. 

Fossilização 
A fossilização representa o processo de conservação dos fósseis, que podem ocorrer de diversas maneiras. Segue abaixo os principais processos de fossilização:  
Marcas: impressões deixadas por atividades dos seres vivos, por exemplo, as pegadas

Restos: incluem todos os tipos de vestígios rígidos, por exemplo, as conchas
Moldes: fósseis moldados pela região em que ocorre o processo de fossilização, do qual permanecem as partes rígidas dos seres, por exemplo, os ossos. 

Mineralização: ocorre por meio da transformação da matéria orgânica em minérios, por exemplo, a sílica. 
Mumificação: também chamado de “conservação”, é processo em que permanecem as partes rígidas e moles dos seres, por exemplo aqueles que fossilizaram no gelo.

Tipos de Fósseis 
De acordo com o estudo dos fósseis, há dois tipos deles:  
Somatofóssil: são os fósseis de organismos do passado (restos somáticos), por exemplo, ossos, carapaças, folhas, troncos, dentre outros. 
Icnofóssil: são fósseis que identificam a atividade animal, seja por meio de pegadas, rastros, túneis, excrementos, marcas de dentadas, dentre outros.

A Importância dos Fósseis 
É através dos estudos sobre os fósseis que podemos conhecer melhor a história do planeta em tempos remotos, identificada pelos vestígios que marcaram determinada época. Um exemplo notório é os fósseis encontrados dos dinossauros, posto que se não fossem estudados nunca saberíamos que esses répteis gigantescos viveram no planeta muito antes da raça humana habitá-lo.  

Assim, os fósseis são as provas mais concretas da existência de vida no planeta, sendo uma importante ferramenta de estudos entre os biólogos, arqueólogos, paleontólogos e geólogos, na medida que revelam as transformações que ocorreram nos seres vivos e no próprio planeta durante anos.  

Por esse motivo, a conservação dos fósseis revela grande importância histórica para o estudo da evolução da vida. O trabalho de encontro dos fósseis é executado pelo paleontólogo, realizado por meio da escavação de um local e da coleta do material. Atualmente é possível encontrar muitos fósseis em diversos museus de história natural espalhados pelo mundo.

Fonte bibliográfica:
https://www.todamateria.com.br/o-que-sao-fosseis/
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/os-fosseis.htm