domingo, 26 de março de 2017

Partículas Subatômicas

As principais partículas subatômicas que formam o átomo são o próton (carregado positivamente), o elétron (carregado negativamente) e o nêutron (desprovido de carga elétrica).
Prótons e nêutrons apresentam praticamente a mesma massa. 

A massa do elétron é desprezível em relação à massa do próton e do nêutron.
A massa do átomo, portanto, está concentrada em seu núcleo. Como o raio do átomo é de 10.000 a 100.000 vezes maior do que o raio do núcleo, costuma-se dizer que o átomo é um "imenso vazio".

O número de prótons que um átomo possui em seu núcleo é chamado número atômico (Z).
O número de prótons mais o número de nêutrons é chamado número de massa (A).
Átomos com mesmo número atômico apresentam as mesmas propriedades químicas.
Chama-se elemento químico o conjunto de átomos com mesmo número atômico.

Cada elemento químico possui um símbolo.
Os nomes e símbolos dos elementos constam na tabela periódica.

Exercícios
01. Determine o número de massa de um átomo que possui número atômico 25 e 15 nêutrons:
02. Determine o número de massa de um átomo que possui número atômico 30 e 20 nêutrons:
03. Determine o número atômico de um átomo que possui número de massa 60 e 40 nêutrons:
04. Determine o número de nêutrons de um átomo que possui número de massa 50 e 25 prótons:
05. Indique o número de prótons, nêutrons e elétrons que existem, respectivamente, no átomo de mercúrio 80Hg200 
a) 80, 80, 200. 
b) 80, 200, 80. 
c) 80, 120, 80. 
d) 200, 120, 200. 
e) 200, 120, 80.
06. O átomo de um elemento químico possui 83 prótons, 83 elétrons e 126 nêutrons. Qual é, respectivamente, o número atômico e o número de massa desse átomo? 
a) 83 e 209. 
b) 83 e 43. 
c) 83 e 83. 
d) 209 e 83. 
e) 43 e 83.
07. Qual o número de massa (A) de um átomo de cálcio (Z = 20) com 20 nêutrons?
08. (Unifor – CE) Dentre as espécies químicas:
5B5B105B11           6C106C12 6C14
as que representam átomos cujos núcleos possuem 6 nêutrons são: 
a) 6C10 6C12 
b) 5B11 6C12
c) 5B10 5B11
d) 5B6C14
e) 5B10 6C14
09. (FUVEST – SP) O átomo constituído de 17 prótons, 19 nêutrons e 17 elétrons apresenta, respectivamente, número atômico (Z) e número de massa (A) iguais a: 
a) 17 e 17 
b) 17 e 18 
c) 18 e 17   
d) 17 e 35   
e) 35 e 17
10. (MACKENZIE – SP) O número de prótons, de elétrons e de nêutrons do átomo 17Cl35  é, respectivamente: 
a) 17, 17, 18 
b) 35, 17, 18 
c) 17, 18, 18 
d) 17, 35, 35 
e) 52, 35, 17 
11. Quais são os números de protons (Z), de massa (A), de nêutrons (N) e de elétrons (e-) de um átomo de potássio (19K39) em seu estado normal? 
12. (UFMA) Em um átomo com 22 elétrons e 26 nêutrons, seu número atômico e número de massa são, respectivamente:
a) 22 e 26   
b) 26 e 48   
c) 26 e 22   
d) 48 e 22   
e) 22 e 48 

Fonte bibliográfica:
SILVA, Eduardo Roberto da & HASHIMOTO, Ruth R. Cursos Práticos Nova Cultural – Vestibular. Química.
http://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios-quimica/exercicios-sobre-numero-atomico-numero-massa.htm
http://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-quimica/exercicios-sobre-numero-atomico-numero-massa.htm
http://stoa.usp.br/suga/files/1092/6159/Exerc%C3%ADcios1.pdf

domingo, 19 de março de 2017

Como a Tabela Periódica adquiriu sua forma

Todo elemento é definido por seu número atômico, o número de prótons carregados positivamente no núcleo de todos os átomos desse elemento. O número de prótons é igual a um mesmo número de elétrons de carga negativa, encontrados em "órbitas" ao redor do núcleo. 

Órbitas está entre aspas porque os elétrons não estão se movendo de verdade em órbitas como os planetas se movem ao redor de uma estrela. Na realidade, você não pode nem mesmo dizer que eles estão se movendo.

Em vez disso, cada elétron descreve uma nuvem de probabilidade, pela possibilidade de estar mais em um lugar do que em outro, mas sem podermos dizer qual é esse lugar neste exato momento. 

As figuras ao lado mostram as várias formas tridimensionais das nuvens de probabilidade dos elétrons ao redor de um núcleo.

O primeiro tipo, chamado de orbital "s", é totalmente simétrico - o elétron não tende a ir em nenhuma direção em particular. O segundo tipo, chamado orbital "p", tem dois lóbulos, de modo que é mais provável que o elétron esteja em um lado ou no outro do núcleo e menos provável que esteja em qualquer outra direção.

Enquanto existe apenas um tipo de orbital "s", existem três tipos de orbitais "p", com lóbulos apontando em três direções ortogonais (x, y, z) no espaço. 

Similarmente, existem cinco diferentes tipos de orbitais "d" e sete tipos diferentes de orbitais "f", com aumento crescente do número de lóbulos. (Você pode pensar nessas formas como algo similar a ondas estacionárias tridimensionais).

Cada forma de orbital pode existir em múltiplos tamanhos, por exemplo, o orbital 1s é uma pequena esfera, o orbital 2s é uma esfera maior, o 3s ainda maior, e assim por diante. A energia de um elétron colocado em qualquer orbital cresce conforme a órbita aumenta de tamanho. E todo o resto sendo igual, os elétrons sempre irão se acomodar nos menores orbitais, mais favorecidos energicamente. 

(Os elétrons são fortemente atraídos pelo núcleo, e tendem a preencher primeiro os orbitais mais próximos dele, onde a atração é maior. Isso provoca um decréscimo de energia, que dá maior estabilidade ao sistema.

Então, todos os elétrons em um átomo ficam normalmente juntos no orbital de menor energia 1s? Não, e aqui está uma das descobertas mais fundamentais da mecânica quântica: duas partículas nunca podem coexistir em um mesmo estado quântico. 

(Os elétrons apresentam um movimento de rotação conhecido como "spin", que pode ser no sentido horário ou anti-horário; sua representação é feita por uma seta apontando para cima ou para baixo. Sendo uma propiedade fundamental, o spin entra na composição de um estado quântico.)

Assim, dois elétrons só podem permanecer em dado orbital se seus spins forem opostos.
O hidrogênio possui apenas um elétron, então, este permanece no orbital 1s. O hélio possui dois e ambos cabem em 1s, completando sua capacidade binária. 


O lítio possui três e como não é permitido acomodá-los somente no 1s, o terceiro elétron vai para o orbital seguinte, 2s, de maior energia. E assim por diante - os orbitais vão sendo preenchidos um por um, em ordem crescente de  energia.

É essa ordem de preenchimento que determina a forma da tabela periódica. As primeiras duas colunas são ditadas pelos elétrons que preenchem os orbitais "s". As próximas dez têm elétrons preenchendo os 5 orbitais "d". 

As últimas seis envolvem elétrons preenchendo os três orbitais "p". E finalmente, mas não menos importante, os 15 elementos de terras raras têm elétrons colocados nos sete orbitais "f". 

Bibliografia:

Fonte: GRAY, Theodore. Os elementos: Uma exploração visual dos átomos conhecidos no universo. São Paulo: Editora Blucher, 2011.

Tabela Periódica (Lantanídeos e Actinídeos)

Esses dois grupos são conhecidos juntos como as terras raras, apesar do fato de que alguns deles não são nada raros. 

A fila superior, começando com o lantânio, é conhecida como lantanídeos; e você não vai se surpreender ao descobrir que a fila debaixo, começando com o actínio, é conhecida como os actinídeos.


Os lantanídeos são especialmente notórios por serem quimicamente parecidos uns com os outros. Alguns são tão similares que as pessoas debateram por anos se eles realmente deveriam ser elementos separados.

Todos os actinídeos são radioativos, mas o urânio e o plutônio são os mais famosos. A adição dos actinídeos ao layout padrão da tabela periódica foi feita por Glenn Seaborg, em grande parte porque ele foi o responsável pela descoberta de tantos novos elementos que uma nova fileira tornou-se necessária. 

(Apesar de novos elementos terem sido descobertos por muitas pessoas, Seaborg foi o único que precisou criar uma nova fileira para dispor todas as suas descobertas.) 



A infinita variedade de combinações e recombinações que nós chamamos química começa e termina com essa curta e memorável lista, os blocos de concreto do mundo físico.

Bibliografia:
Fonte: GRAY, Theodore. Os elementos: Uma exploração visual dos átomos conhecidos no universo. São Paulo: Editora Blucher, 2011.
http://www.materiaincognita.com.br/a-riqueza-oculta-nas-jazidas-de-terras-raras-no-brasil/

Tabela Periódica (Halogênios e Gases Nobres)

A décima sétima coluna é chamada de halogênios e seus membros formam um grupo perigoso  em sua forma pura.

Todos os elementos dessa coluna são altamente reativos e mal cheirosos. O flúor puro é lendário por sua habilidade de atacar praticamente qualquer coisa. O cloro foi usado como gás venenoso na Primeira Guerra Mundial. 

Mas, na forma de compostos, como a pasta de dente com flúor, ou o sal de cozinha (cloreto de sódio), os halogênios tornam-se compatíveis com o uso doméstico.

A última coluna é a dos gases nobres. O termo nobre é empregado aqui no sentido de "acima do comum". Os gases nobres quase nunca formam compostos entre si ou com outros elementos. 

Por serem tão inertes, os gases nobres são frequentemente usados para proteger elementos reativos, envolvendo-os com uma atmosfera que preserva sua natureza química. Por exemplo, se você comprar sódio de um fornecedor químico, ele virá selado em um contêiner cheio de argônio.

Bibliografia:     

Fonte: GRAY, Theodore. Os elementos: Uma exploração visual dos átomos conhecidos no universo. São Paulo: Editora Blucher, 2011.

terça-feira, 14 de março de 2017

Química no dia a dia

Átomos, moléculas, fórmulas complexas: esta é a base da química, mas, para quem acha que isso é coisa só de pesquisa em laboratório, se enganou mesmo!  

A química está presente no nosso dia a dia mais do que se possa imaginar. Para começar nosso corpo é totalmente formado por átomos e moléculas, e a reposição desses elementos é feita através da alimentação.  


Tudo que nos rodeia é composto também por esses elementos, com características diferentes. Sem a química, não existiria muita coisa nesse planeta!  

Entenda como funciona  
Na química existem vários conceitos importantes, mas dois deles são fundamentais para entendermos como ela funciona. Primeiro os átomos, que são as menores partículas de qualquer coisa que existe. Quando falamos menores, são os menores mesmo!  

Imagina se você pegar um único grão de areia: acha impossível que tenha alguma coisa menor que ele, não é mesmo? Mas o fato é que um grão de areia tem bilhões de átomos! Para visualizá-los é necessário microscópio específico

Uma mesma estrutura ou organismo pode ter átomos diferentes. O conjunto de átomos formam as moléculas, e mesmo esse conjunto é extremamente pequeno.  
Esses átomos e moléculas se misturam, reagem e provocam reações químicas, processo que acontece o tempo todo no universo e no nosso cotidiano.  

Química por toda parte  
Como existem inúmeras situações do cotidiano em que a química está presente, selecionamos aqui algumas delas a título de exemplo:
Começando pelo nosso organismo, todos os órgãos funcionam a base de reações químicas, com os átomos interagindo o tempo todo. 

Assim, na respiração a entrada de oxigênio e a saída do gás carbônico são processos químicos, assim como na digestão para quebrar os alimentos em partes menores e assim por diante.  

A química está presente no processo de limpeza e desinfecção da água que utilizamos no preparo de alimentos ou mesmo para beber. A água tem que chegar livre de resíduos ou microrganismos. Assim, desde as estações de tratamento de água até as torneiras das residências, vários produtos químicos são utilizados, como por exemplo, o cloreto de ferro, o sulfato de alumínio e o carbono ativo.  

Em locais onde o solo está esgotado pelo uso frequente ou mesmo quando ele é pobre em nutrientes, lá está a química novamente presente dos fertilizantes, que deixam o solo preparado para novas plantações.

Na área da saúde a química não pode faltar, seja na produção de medicamentos, na produção de componentes cirúrgicos, como, por exemplo, as válvulas cardíacas, próteses anatômicas, seringas descartáveis, luvas cirúrgicas, compostos para desinfecção hospitalar, reagentes que aceleram os resultados de exames hospitalares, entre outros.  

A química da fermentação  
A fermentação é uma reação química utilizada por algumas bactérias para obtenção de energia e as indústrias utilizam na fabricação de alguns produtos, veja só:  

Iogurte: produzido através da fermentação lática, processo que tem como produto o ácido lático. Essas bactérias são também chamadas de lactobacilos.  

Pão e cerveja: produzidos pela fermentação alcoólica, realizada por fungos, cujo produto final é o álcool;  

Vinagre: sua produção ocorre através da fermentação acética. As bactérias que realizam esse processo são as acetobactérias; etc.   

Substâncias no cotidiano  
Algumas substâncias estão presentes em nosso cotidiano, mas com nomes diferentes de seus compostos químicos, veja alguns exemplos:  
sal de cozinha: cloreto de sódio  
naftalina: naftaleno  
aspirina: ácido acetilsalicílico  

leite de magnésia: hidróxido de magnésio  
mármore, calcário: carbonato de cálcio  
água oxigenada: peróxido de hidrogênio  
acetona: propanona  
vinagre: ácido acético ou ácido etanoico  
etanol: álcool etílico     

Curiosidade  
Algumas frutas como a maçã, ficam escuras por dentro ao serem cortadas. Isso acontece porque ela sofre um processo químico chamado de oxidação, ou seja, suas células cortadas liberam enzimas que entram em contato com o oxigênio deixando sua aparência escura.

Fonte:
http://www.smartkids.com.br/trabalho/quimica-no-cotidiano